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Como dois e dois são cinco


 Roberto Carlos (& Erasmo & Wanderléa)

 
“Traquinagens à parte, quero defender aqui: Roberto Carlos é um dos mais intensos e completos sinônimos de Brasil que já existiram, quase assim um mito do nosso folclore. Nutrido do misto de amor e resistência (repulsa?) que todos sentimos por ele, Roberto poderia se chamar Brasil”
Pedro Alexandre Sanches

Cantor mais popular do país, recordista de vendas por mais de três décadas. Ícone nacional que divide com Pelé o status monárquico de “Rei”. Compositor, junto com Erasmo Carlos, de clássicos e clássicos da música popular, desde “Quero que tudo vá para o Inferno” (1965) e “Nas curvas da estrada de Santos” (1969) até “Detalhes” (1971) e “Mesmo que seja eu” (1982). Figura politicamente polêmica, ao tentar-se apolítico.

Com toda sua importância e influência, era de se perguntar por que, até hoje, sua obra, carreira e impacto imensos na cultura nacional nunca tinham sido analisados a fundo. Preconceito?

Como dois e dois são cinco – Roberto Carlos (& Erasmo & Wanderléa) , de Pedro Alexandre Sanches, é uma análise social e ao mesmo tempo emotiva da obra e trajetória de “RC” e dos dois outros grandes ícones (o “Tremendão” e a “Ternurinha”) da Jovem Guarda. Um diálogo entre a música e a política, as mudanças no comportamento e no cenário musical das várias épocas que atravessaram.

As contradições e a relação complexa da dupla de compositores com o regime militar, a TV Globo, a Igreja Católica, a MPB mais tradicional, as influências latinas e norte-americanas, o status quo e a vanguarda dos movimentos hippie e black power. E as idas e vindas na carreira da cantora que, “ternurinha”, viu ao longo da sua carreia mudanças e mudanças na condição da mulher diante do machismo reinante na sociedade.

Segundo livro de Sanches, Como dois e dois segue buscando analisar a produção das últimas décadas da música brasileira e suas influências no cenário atual. Se em Tropicalismo: Decadência bonita do samba dissecava a obra dos tropicalistas Gil e Caetano, dos “tradicionais” Chico Buarque e Paulinho da Viola e de Jorge Ben(Jor), agora o foco se aproxima da música ainda mais popular, industrial, comercial, e ao mesmo tempo também brasileira dos Carlos.

Nesse projeto estão os “capítulos-pausa” do livro, que tratam da trajetória de artistas que seguiram, entre sucessos e percalços, caminhos diferentes dos do “Rei”, por isso tratados no livro como “anticarlistas”: Marcos Valle, Raul Seixas, Tim Maia, Belchior, Rita Lee e, em sua controversa trajetória, Wilson Simonal.

Como dois e dois traz o Brasil dos Carlos que tocou e toca nas rádios e TVs, da renúncia de Jânio Quadros até a posse de Luiz Inácio Lula da Silva. Entre o conservadorismo e a modernização, que muitas vezes por aqui surgem sem estar claro o que é o que, o livro desvenda, pela análise do “arquétipo” Roberto Carlos, muito do país do qual ele é Rei.




Acesse: www.pueblolivraria.com.br



FICHA DO LIVRO


Título: Como dois e dois são cinco
Autor: Pedro Alexandre Sanches

Editora:
Boitempo
Ano
: 2004
Páginas: 416

Gênero: Música - Biografia - Ciências Sociais

ISBN: 85-7559-058-8


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