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Vozes da Ficção: Narrativas do Mundo do Trabalho

Autores: Claudia de A. Campos, Enid Y. Frederico, Walnice N. Galvão, Zenir C. Reis

  Este volume é composto por narrativas que versam sobre o homem imerso no trabalho, ou dele sendo retirado à força. Todos os autores são hoje considerados clássicos da literatura brasileira. Esta antologia conta com textos de: Machado de Assis, Lima Barreto, João do Rio, Euclides da Cunha, Coelho Neto, Afonso Arinos, Hugo de Carvalho Ramos, Simões Lopes Neto, Valdomiro Silveira, Inglês de Sousa, Alberto Rangel, Manuel de Oliveira Paiva e Aluísio Azevedo.

Acesse: http://pueblolivraria.com.br

FICHA DO LIVRO

Título: Vozes da Ficção: Narrativas do Mundo do Trabalho
Autores: Claudia de A. Campos, Enid Y. Frederico, Walnice N. Galvão, Zenir C. Reis

Editora: Expressão Popular
Páginas: 200
Peso: 253g

Gênero
: Literatura Brasileira

ISBN
: 978-85-7743-183-0


Veja abaixo a Reportagem publicada pela revista Caros Amigos abordando o debate em sala de aula e a condição de trabalho de diversos estudantes da Educação de Jovens e Adultos em Higeinópolis, durante a leitura do livro Vozes da Ficção:  Narrativas do Mundo do Trabalho.



Leitura compartilhada de narrativas literárias leva estudantes ao passado do mundo do trabalho

Por Cecília Luedemann

A reportagem da Caros Amigos acompanhou uma experiência de leitura compartilhada  com estudantes da Educação de Jovens e Adultos com o livro Vozes da Ficção - narrativas do mundo do trabalho, primeiro livro da Coleção Literatura e Trabalho (editora Expressão Popular). Como seria o contato dos alunos com os personagens trabalhadores do passado? Qual seria a reação diante dos estilos literários do século 19 e início do 20?
Essas questões surgiram depois da entrevista para a reportagem da Caros Amigos (edição 176/novembro)  com os coordenadores da Coleção Literatura e Trabalho, os professores da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da Universidade de São Paulo, Cláudia de Arruda Campos, Walnice Nogueira Galvão e Zenir Campos, e a professora da Unicamp, Enid Yatsuda, com o editor Miguel Yoshida, na livraria da editora Expressão Popular, no bairro do Bixiga, em São Paulo.
Do Bixiga ao Higienópolis
À convite da professora de Língua Portuguesa, Solange Americano, seguimos para o curso de Educação de Jovens e Adultos, em Higienópolis, que funciona na escola Sion, no período noturno. Os estudantes trabalham como porteiros, empregadas domésticas, faxineiros, cozinheiros, entre moradores que protestaram contra a construção de uma estação do metrô para estes trabalhadores.
Acompanhamos a experiência de leitura compartilhada, proposta pela linha editorial da coleção, nos 6° e 9° anos com a professora de Língua Portuguesa, Solange Americano, que lê, interrompe para explicar e perguntar o que os educandos estão entendendo.
O texto que acompanha a Coleção Literatura e Trabalho explica a proposta: “(...)Algumas imagens de leitura, que não a do isolamento, aparecem em quadros e gravuras antigas: duas pessoas leem juntas o mesmo livro. E essas imagens não passam a ideia de compartilhamento forçado, mas de calorosa intimidade. Duas ou mais pessoas lendo o mesmo texto, ainda que cada uma tenha seu próprio exemplar em mãos, parece esbater a frieza ou insegurança de que alguns se ressentem na leitura inteiramente individualizada. Ler, interromper, comentar, perguntar, rir ou se emocionar em companhia podem ser meios estimulantes para o melhor aproveitamento, seja de um texto envolvente, seja de um texto que requisite maior esforço.”
Estudantes do 9º ano leem O ódio, de Manuel de Oliveira Paiva, conto publicado em 1887 na revista  A Quinzena,  do Clube Literário do qual foi fundador.
Segundo a biografia da coleção, o autor nasceu em Fortaleza em 1861 e morreu no Sertão do Ceará em 1892, aos 31 anos, tendo participado ativamente da campanha abolicionista com o jornal O Libertador, da Sociedade Libertadora Cearense. Sua melhor obra, Dona Guidinha do Poço, só foi publicada depois de 60 anos pela iniciativa da crítica literária Lúcia Miguel-Pereira.
Uma aluna lê: O ódio. Os alunos percebem já pelo título do conto que é uma história trágica com dois personagens com grande força simbólica. Convivem no mesmo porão do navio, o escravo e a onça enjaulada. A aluna lê: “Nessa noite, o negro notou um lume que boiava no escuro do oceano, como um pirilampo; e o seu pensamento, que por uma certa simpatia de gênios e de condição costumava a ater-se à onça presa, apegava-se agora a essa nonada fosforescente.” Os alunos utilizam o glossário para explicar que “nonada” quer dizer ninharia ou insignificância. A professora aproveita para perguntar: O que será aquela luzinha no meio do mar?” Cada um tem uma ideia. Cresce o suspense: “Assombrado pela incerteza do perigo, ele desceu, e voltou com um machado. No pescoço conservava o seu amuleto. Estava armado para o desconhecido. Fazia muito frio. Começou a espalhar-se um medo, insinuativo no meio da treva, e mais tarde o pavor.”
A educadora propõe: “Vamos visualizar a cena: dentro do navio, os oficiais chegam bêbados de uma festa no porto, o escravo preso com a fera, e a luz misteriosa que se aproxima de alto mar...”. Uma aluna pressente: “É a morte.” Prossegue a leitura compartilhada: “Ah! e a fera não teria direito ao salvamento? A desordem a bordo era insuperável. Um salve-se-quem-puder! E o possante bruto humano ergueu o machado e descarregou um golpe sobre a jaula. Ébrio de sua majestade, arriou novo golpe, e repetiu.”
Interrompida a leitura, a educadora pergunta: “ Por que o escravo quis libertar a fera?” A classe se envolve na discussão. A ideia da liberdade salta do livro para a sala de aula. Todos concordam que o escravo identifica-se com o tigre preso. A leitura avança, agora com um debate mais forte sobre o sentido do ódio: “Era ele quem tratava do tigre. Amava-lhe o rancor eterno. Achava-o formoso, tão dourado, tão liso, tão forte! Comprazia-se em matar-lhe a sede e a fome. Amava-o porque o bicho indicava ser insensível ao amor. E foi um grande prazer desaparecer da vida deixando em seu lugar um bruto que era uma concretização do ódio, humor necessário à vida social, como o fel à vida individual!”
Uma pergunta se fez: “O ódio é necessário?” Da visão simplista, de que mais vale o amor e a paz, o coletivo de alunos avançou para a discussão do ódio como forma de defesa da vida. O escravo, como o tigre, estava enjaulado. E o escravo admirava o ódio da fera, sua força, sua revolta.
O debate dividiu o coletivo, cada um argumentou sobre o seu ponto de vista, mas, aos poucos, um convencia o outro de sua posição. Mais um pouco e todos percebiam que a vida na sociedade de classes é mesmo complexa, envolvendo os sentimentos de amor e de ódio para a sobrevivência na vida social. Mas, a educadora voltou a colocar a situação do texto, lá no século 19, era o ódio à escravidão, o ódio a viver preso, o ódio para lutar pela liberdade.
Um aluno explica: “O escravo preferiu morrer, libertar a sua alma, libertando a fera.” Outra aluna comenta: “Ele guardava o ódio e conseguiu soltar o seu ódio, como a fera. É a lei da sobrevivência. Cada pessoa tem um animal dentro de si.” Outra aluna concorda: “Se mexerem com meus filhos, eu viro uma leoa.” Mas outros alunos lembraram que é preciso ter um equilíbrio: “Todo dia a gente fica no salve-se quem puder no transporte, na saúde, na moradia... Tem que ter amor, mas tem que ter ódio.” E outra aluna  complementa: “Muito ódio para defender nossos direitos. Não somos escravos e nem animais.”
Toca o sino. Próxima aula, 6º ano. Solange pede que os alunos formem duplas para a leitura compartilhada.
A proposta, agora, é ler a crônica Os Trabalhadores de Estiva,  de João do Rio, o João Paulo Emílio Cristóvão dos Santos Coelho Barreto.
Como consta na biografia da coleção, João nasceu em 1881 e morreu em 1921 na cidade do Rio de Janeiro, aos 40 anos. Foi repórter e cronista da vida social carioca, fundador e diretor da Sociedade Brasileira de Autores Teatrais (1917) e pertenceu à Academia de Ciências de Lisboa e à Academia Brasileira de Letras. A alma encantadora das ruas é uma de suas obras mais famosas.
“O que quer dizer estiva?” O estudante lê o glossário: “serviço de carga e descarga do navio.” A estudante inicia a leitura: “Às 5 da manhã ouvia-se um grito de máquina rasgando o ar. Já o cais, na claridade pálida da madrugada, regurtitava num vivem de carregdores, catraieiros, homens de bote e vagabundos mal dormidos à beira dos quiosques.” A educadora explica que João do Rio foi conhecer os trabalhadores do cais do Rio de Janeiro: “Acerquei-me do primeiro, estendi-lhe a mão:
    
- Posso ir com vocês para ver?
Ele estendeu também a mão, mão degenerada pelo trabalho, com as falanges recurvas e a palma calosa e partida.    
- Por que não? Vai ver apenas o trabalho, fez com amarga voz.”
O autor conversa com o trabalhador sobre esse trabalho de carga e descarga: “ – Aquela gente não cansa?
- Qual ! trabalham assim horas a fio. Cada saco daqueles tem sessenta quilos e para transportá-lo ao saveiro pagam 60 réis. Alguns pagam menos – dão só 30 réis, mas, assim mesmo, já quem tire dezesseis mil- réis por dia.”
Os alunos ficam horrorizados com as condições de trabalho dos estivadores: “Meu Deus!” Mas, logo em seguida, muitos se recordam que há ainda muito trabalho pesado como este. E acham muito curiosa a divisão do trabalho no porto: “(...) há estiva da aguardente, do bacalhau, do algodão; cada um tem os seus servidores, e homens há que só servem a certas e determinadas estivas, sendo por isso apontado.” A educadora pergunta: “Está dando para visualizar?” Cada um descreve a cena que está imaginando, o porto como um formigueiro, num vai e vem de estivadores que carregam e descarregam sem parar.
Atentos, ouvem o comentário de João do Rio sobre a organização dos estivadores: “Os homens com quem falava têm uma força de vontade incrível. Fizeram com o próprio esforço uma classe, impuseram-na. Há doze anos não havia malandro que, pegado na Gamboa, não se desse logo como trabalhador de estiva. Nesse tempo não havia a associação, não havia o sentimento de classe e os pobres estrangeiros pegados na Marítima trabalhavam por três mil réis dez horas de sol a sol. Os operários reuniram-se. Depois da revolta, começou a ase fazer sentir o elemento brasileiro e, desde então, foi uma longa e pertinaz conquista.” Todos se admiram de um escritor que elogia o trabalhador. E mais que isso: empolgam-se com a ideia da revolta e da organização dos estivadores. Com ouvidos e olhos atentos, comentam o trecho que chamou a atenção: “Fizeram com o próprio esforço uma classe.”  De repente, estão todos lá em 1908, no porto do Rio de Janeiro, emocionados com a conquista da dignidade do trabalhador.
E continua João do Rio: “ Que querem eles? Apenas ser considerados homens dignificados pelo esforço e a diminuição das horas de trabalho, para descansar e para viver.” A educadora interrompe e a leitura e pergunta: “Como está a jornada de trabalho, hoje?” Todos concordam que embora se tenha conquistado uma jornada de 8 horas por dia, o que vale na prática é muito mais de 10 horas, como a dos estivadores do início do século passado. Comentam sobre o trabalho sem registro, o trabalho terceirizado, a falta de reconhecimento dos direitos da trabalhadora doméstica, dos “bicos” sem nenhum tipo de regularização trabalhista.
A leitura segue emocionada: “Um deles, magro, de barba inculta, partindo um pão empapado de suor que lhe gotejava da fronte, falou-me, num grito de franqueza: - O problema social não tem razão de ser aqui? Os senhores não sabem que este país é rico, mas que se morre de fome? É mais fácil estourar um trabalhador que um larápio? O capital está nas mãos de grupo restrito e há gente demais absolutamente sem trabalho. Não acredite que nos baste o discurso de alguns senhores que querem ser deputados. Vemos claro e, desde que se começa a ver claro, o problema surge complexo e terrível. A greve, o senhor acha que não fizemos bem na greve? Eram nove horas de trabalho. De toda a parte do mundo os embarcadiços diziam que trabalho de estiva era só de sete! Fizemos mal? Pois ainda não temos o que desejamos.” De repente, a classe foi trazida imediatamente para o presente com a força da voz de um estivador em 1908 que critica as condições de trabalho, denuncia a acumulação do capital com o aumento da exploração do trabalhador, o oportunismo dos deputados ao serviço do capital e o direito de greve.
Ao final, João do Rio denuncia a morte de estivadores ainda jovens: “Um deles, porém, rapaz, quando o meu bote passava por perto do saveiro, curvou-se, com a fisionomia angustiada, golfando sangue. – Oh! Diabo! Fez o outro, voltando-se. O José que não pode mais!” A educadora pede que os alunos deem sua opinião sobre a crônica que foi lida. O primeiro explica, misturando com os sentimentos de revolta que sentiu ao ler a história: “ Não gostei, porque é uma vida sacrificada, não tem direitos trabalhistas, o pessoal que não serve mais é enxotado.” Outro concorda: “Os patrões não querem saber se ficamos inúteis com o trabalho.” Uma aluna negra questiona: “Não gostei, porque os estivadores negros trabalham mais.” Outra completa: “Os que trabalhavam no porão não eram lembrados, comiam pão seco.”  
A educadora pergunta sobre o que gostaram na crônica. Então, começam a lembrar do texto inteiro, não apenas do final. Uma aluna explica: “Na realidade, é a história do ser humano, do trabalhador que trabalha, trabalha e não tem nada.” Há quem recorda da associação e do direito de greve: “Legal, porque com a associação eles lutam para conquistar os direitos.” Todos concordam: “A união. Mostra a união.”
Uma aluna comenta a crônica lembrou muito a situação atual dos trabalhadores: “Gostei da história, porque mudou pouca coisa de antes para cá, os trabalhadores continuam mal remunerados.” Um aluno se recordou de profissões que separam os trabalhadores de suas famílias: “Tem pai que não vê os filhos, como o pescador que tem que ficar muito tempo em alto mar.” Outra aluna lembra de homem que tem que deixar família para conseguir trabalho: “Pai de família que vem para cá deixa viúva de marido vivo.”
Toca o sinal e a educadora propõe que os alunos escrevam uma redação para responder ao pedido de João do Rio: “Posso ir com você?” A ideia é levar o leitor para conhecer o trabalho dos alunos do curso de Educação de Jovens e Adultos, agora na voz dos próprios trabalhadores.  Selecionamos uma redação de cada profissão.
Faxineiro
“Meu dia de trabalho. Entro às 7 horas da manhã. Sou faxineiro. Desço o lixo e às 7h30 vou limpar os elevadores e limpar o salão às 8h50. Às 9h vou limpar as escadas. Desço às 11h e vou almoçar. 12h volto para trabalhar e limpar as escadas. Vou limpar até às 3h30 da tarde e colocar o lixo na rua. Às 4h termina o expediente. Depois, vou lavar carro até 6h da tarde. Aí é hora de vir para a escola.” Ademir
Empregada Doméstica
“Eu começo a trabalhar às 8h da manhã. Cuido de dois meninos chamados Rafael e Gabriel. Primeiro, dou mamadeira, depois escovo os dentes deles. Brincamos, depois arrumo as camas. Faço o almoço, dou banho, dou comida para eles, depois escovo os dentes deles. Às 11h, arrumo eles para irem à escola. Eu levo e busco. Depois, arrumar a casa, lavar e passar as roupas. Logo já tá na hora de busca-los. Aí começa tudo de novo até às 6h da tarde. Me arrumo para vir para a aula, caminho meia hora para chegar até a escola.” Helena
Porteiro
“Eu entro no trabalho às 5h da manhã para trabalhar. Durante o dia, eu trabalho de porteiro durante 8 horas. Eu tenho várias atividades na portaria: entendimento com as pessoas – de morador a cliente. Que legal, porque eu me divirto no meu trabalho. Eu abro a porta do elevador para os moradores. Eu ajudo em várias atividades. Falo com as pessoas a respeito do meu trabalho. E aprendo muito com as pessoas diferentes que entram para falar4 comigo. E a cada dia eu estou aprendendo com as pessoas sobre as várias religiões e sobre outros lugares e estados. Eu termino a minha carta aqui.” Assinado: Genival Francisco de Lima.
Cozinheiro
“Posso ir com você? Sim. Eu me acordo  às 6h para estar no trabalho às 7h30. Eu acordo cedo, porque eu gosto de assistir às notícias que passam de manhã nos telejornais. Eu chego lá e vou ajudar a preparar o almoço de outros trabalhadores como eu que saem logo de manhã.
O restaurante abre às 11h30 e há um movimento maior às 12h. Aí é a hora que eu mais trabalho. É uma correria só até às 2h da tarde. Mas, ainda tem mais, porque eu só saio às 4h da tarde, arrumando tudo para o outro dia bem cedo.” Gilson Ferreira Muniz
Trabalhadora Multiuso
“Oi, meu nome é Anaína. Meu dia de trabalho é um pouco difícil ou fácil demais. Começo a trabalhar às 8h da manhã, sou assistente de consultório dentário. Ajudo meu patrão na preparação de aparelhos para implante. Agendo consultas e faço parte da recepção. Sou quase multiuso: faço tudo. Saio às 12h pra almoçar, pego as filhas do meu patrão na escola. Volto às 13h e faço as mesmas coisas o dia inteiro. Saio do trabalho às 6h da tarde ou às vezes saio às 7h da noite para à escola, pois ainda depois de um dia todo de trabalho ainda estudo.
Ah... Eu durmo na casa dos meus patrões, pois fica muito tarde pra voltar pra casa. Sinto falta dos meus três filhos, mas tenho que trabalhar. Muitos acham o meu trabalho fácil, mas não é não. Não é fácil ficar longe dos meus filhos que tanto amo. Às vezes, trabalho como babá e empregada doméstica para meu patrão, outra semana como assistente.  
Meu dia como babá e empregada doméstica. Eu levanto às 6h, arrumo as crianças, pois elas estudam pela manhã. Pego elas às 12h. Tenho que preparar o almoço, limpar a casa, antes de elas chegarem. Depois levo as crianças para passear, volto e me preparo para a escola. Este é o meu dia de trabalho.
Meu nome é Anaina Santos Silveira, tenho 25 anos, sou estudante e sou mãe. O mais importante é que amo o meu trabalho, mas pretendo crescer muito mais. Pretendo um dia ir para a faculdade para cursar Pedagogia. Este é o meu sonho.”

Disponível em: http://carosamigos.terra.com.br/index2/index.php/artigos-e-debates/2149-narrativas-sobre-trabalho.

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