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Trabalho e Subjetividade


 O espírito do toyotismo na era do capitalismo manipulatório.

 Com olhar crítico sobre as novas tendências no ambiente de trabalho, Giovanni Alves desvenda em seu novo livro um tema crucial na reestruturação produtiva do século XXI: a subjetividade do homem que trabalha. Resultado de um profundo estudo sobre as engrenagens de envolvimento e sujeição do trabalhador no espaço laborativo e os processos de produção, o livro Trabalho e subjetividade revela as influências de uma nova modalidade no mercado: a “empresa enxuta” ou “flexível”.

Em substituição à coisificação típica da produção maquinal do taylorismo-fordismo, que formou a chamada sociedade do automóvel durante o século XX, surge uma nova lógica de controle e organização do trabalho, designada pelo autor como a “captura” da subjetividade. Nesse contexto, Alves aponta um intenso movimento de valores da empresa para a vida social e da vida social para a empresa, um impregnando o outro.

Essa nova planta produtiva, baseada no toyotismo, combina ampliação do maquinário técnico-científico-informacional, intensa exploração do trabalho, aumento da informalidade e perda de direitos, e é capaz de se apropriar ainda mais efetivamente do intelecto do trabalho, utilizando conceitos cada vez mais presentes na realidade do trabalhador. Como aponta Ricardo Antunes, orientador do estudo e coordenador da coleção Mundo do Trabalho, da Boitempo Editorial, “as ‘células produtivas’, o ‘trabalho em equipe’, os círculos de controle de qualidade, as polivalências e as multifuncionalidades, as metas e as competências, os ‘colaboradores’, os ‘consultores’, os ‘parceiros’ são denominações infernais cuja substância se encontra na razão inversa de sua nomenclatura”.

Os estudos de Alves também revelam novos conceitos e críticas relacionados à psicologia das pulsões no trabalho e a um sistema de controle do metabolismo social, que articula em si e para si, de modo contraditório, mente e corpo do homem que trabalha. Muito utilizada por István Mészáros, depois de Marx, a noção de metabolismo social é ponto de partida para Alves organizar, no plano teórico, importantes elementos que explicam as novas conformações da reestruturação produtiva do capital no século XXI. Para isso, sugere algumas categorias novas como sociometabolismo da barbárie, cooperação complexa, Quarta Revolução Tecnológica, valores-fetiche, expectativas e utopias de mercado, inconsciente estendido e compressão psicocorporal, salientando as implicações corporais da desefetivação do trabalho vivo no capitalismo flexível, com a disseminação da doença universal do estresse.


Acesse: http://pueblolivraria.com.br

FICHA DO LIVRO


Editora: Boitempo
Ano: 2011
Edição: 1ª Reimpressão
Páginas: 168


ISBN: 978-85-7559-169-7


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